um ensaio aberto

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About me

Introduction Vinte e cinco de dezembro de dois mil e dois. Casei. Separei. Casei de novo. Fiz família. Separei. Desfiz família. Traí. Gozei. Fui traído. Fui gozado. Me encontrei com a morte. Vi minha família de origem ir desaparecendo, meus amigos, uns de excesso de porrada, outros de excesso de amor, morrerem. Vi gente muito feliz, deprimir. Gente com tudo pra dar certo, fracassar. Vi gente perdida se achar. Vi amores eternos se acabarem. Vi bêbados se curarem. E outros não. Vi o que estava certo ficar errado. E o que estava errado se transformar em certo sem nenhuma explicação. Li Dostoievski, Tolstoi, Shakespeare, Ésquilo. Li Machado, e li Campos de Carvalho que começa um de seus livros assim: “Matei meu professor de lógica aos 16 anos.” Fui ateu, depois acreditei num deus mau, depois num bom, e hoje rezo em português, hebraico e sânscrito. Quando essa peça começou, eu me sentia muito sozinho, depois os personagens vieram, e me fizeram companhia. Iam preenchendo cada espaço de vazio, no meu corpo e no papel. Sou muito grato a ela, e por isso, ela me é tão cara. EDUARDO WOTZIK