(Clarice Lispector). conversa com verso.
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| Gender | Female |
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| Location | Brazil |
| Introduction | E escrevo. Não por ser escritora, mas por sentir necessidade de palavras. Escrevo desequilibrado. Mas não deveria me limitar ao que sou, visto que escrevo torto? É que agora tenho sede de palavras. E não me limito à prosa: vou além das linhas completas. O melhor das palavras está na não-palavra, está na entrelinha. Mas como a entrelinha é o melhor da palavra se não está na palavra? É que ela ultrapassa o limite. Meu limite não está no tempo, posto que seja liberdade. É uma liberdade tão profunda: é o infinito do tempo, é o quando do tempo. Há liberdade no clímax tempo. Não entendo, mas entender é sempre tão limitado. Sinto-me sem fronteiras quando não entendo. No entanto, queria entender um pouco para maior silêncio. É que, quando escrevo, limito a medida do meu silêncio. E escrevo como quem grita, é um grito súbito, um grito epifânico. Eis o meu grito. Bem vindo(a) ao meu mundo. |

