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Postar um comentário em: Maná Zinabre

"Motivo, sentido, certeza e tesão"

9 Comentários -

1 – 9 de 9
Blogger Victor Meira disse...

Texto bom pra caralho, Heyk. Isso aqui é verdade, mano. Verdade saída da nascente, boa, lúcida:

"O artista então, mesmo formando alguns interessados no ofício acaba sendo além de tudo isso, público. Ele é a maior parcela presente no cinema de autor, nos espetáculos de teatro e dança contemporâneos, o único que lê autores vivos, o único que escuta música instrumental e experimental, o único que vai a galerias e assiste a performances. Logo, o artista se torna além do já exposto, o cliente final de todo o processo artístico."

Tem que ser lido, é questão de urgência, como o resto das coisas na vida. Lido por quem faz e por quem não faz arte.

14 de abril de 2010 às 01:21

Blogger Heyk disse...

é esqueci de falar que também é só o artista que lê toda a crítica de arte.

14 de abril de 2010 às 01:27

Blogger Victor Meira disse...

Hahahaha.

14 de abril de 2010 às 01:29

Blogger Henrique Maeda Smith disse...

Quando o mundo ficou rápido demais para o exercício da contemplação, a arte, juntamente com seus subprodutos, virou coisa pra artista ver?

14 de abril de 2010 às 16:01

Blogger Tulio Malaspina disse...

Boa Heyk! Novamente colocando a pau o produto, produtor e consumidor desse movimento.
Será que a arte, devido ao seu entropísmo, sua singularidade, não é uma produção de nicho?
Será que falta instrução para a população ou falta compreensão do artista?
Digo: Se o artista quer ser entendido, por que não fala a lingua das pessoas que quer que o compreenda?

14 de abril de 2010 às 16:19

Blogger Felipepepe disse...

Do mesmo jeito que um Diretor de Arte reclama que apenas "artistas" viram sua exposição de pinturas, um médico não poderia reclamar que apenas doutores e estudantes de medicina viram sua palestra sobre saúde?

Arte como lazer ok, mas o "artista" que quer um advogado refletindo sobre suas obras fica discutindo o impacto de novas leis (caso não o atinjam diretamente)?

Talvez essa visão meio egoísta que leve a esse "69 artístico"...

14 de abril de 2010 às 21:27

Blogger Heyk disse...

olha, legal essa questão do interesse,
felipe - olha como configuro o jogo: o cara deve ter algumas profissões, alguns hobbies e ser cidadão.
então, dá pra ser essas cinco coisas que pontuei do texto, mais gostar de arquitetura, pesca náutica e botânica ou mecânica de motos, e ainda, e isso mais obrigatoriamente, estar ligado nas leis, nos trâmites da política pública como um todo, e nas ações dos diferentes atores da sociedade civil que geram algum impacto.

henrique - será que a culpa é da velocidade do mundo, mundo da não contemplação? sabe, não sei se é velocidade, mas concordo que contemplar tá difícil, nada a favorece, pelo menos.

túlio - isso aí é o pau. o cara não se entende nem com o nicho. Porque se fosse heavy metal, ia dar pra todos conversarem, mas arte não é coisa de gueto. Na arte nem nos guetos de arte a galera se entende. e não serviria pra nada também se fosse coisa de nicho e ponto. Mas entram mesmo questões como essa: se o cara aprende o idioma da projetologia, por que não aprenderia o do povo? educação é sempre uma questão, e até brinco com ela ali: o artista dá aula pra formar público. E é danado, porque se o cara tenda falar a língua do povo e faz uma instalação com uma música da joelma, logo aparece alguém falando que o cara quer ser o paulo coelho das artes plásticas, que quer forçar a barra em ser pop.

Bourdieu já dizia: o espaço pra arte é feito pra espantar gente que não conhece os códigos que são necessários para digeri-la. Ele chama A distinção pra essa parada, essa necessidade que grupos tem de se descolar da realidade e apenas trocar entre si.

14 de abril de 2010 às 22:31

Blogger Guto Leite disse...

Salve, poeta, um grande texto e com várias boas questões! Coisa pra ganhar horas discutindo e todos chegando em novos lugares. Acho que só gostaria de pontuar que essa diferenciação entre arte e arte do povo, que ficou muito acelerada a partir do início do século XX, ganha tons dramáticps neste novo século, como o tamanho da indústria do entretenimento. Acho que daí vem a sensação do Henrique de que arte vira prática de nichos e, por outro lado, também a sensação do Felipe de que é uma técnica como outra qualquer (talvez seja). Acredito que este tempo (o único que tenho, aliás) é da especialização do artista, como você colocou ao elencar os atributos, e da desespecialização da arte. Bom pelo lado da desmistificação da figura do artista, ruim pelo lado de que Nelson Rodrigues e Maria Adelaide Amaral são vistos como figuras de igual relevância artísticas. Mas com esse abismo, criado pelas elites (mantido, ao menos, também via Bordieu), entre a vanguarda (que medo desse termo) e a arte consumida pelo povo (sim, novela é arte, mas com a forma do século XIX), o que os artistas devem fazer? Grande abraço e parabéns pelo espaço, moçada! Tá massa!

15 de abril de 2010 às 09:38

Blogger Caco Pontes disse...

e uma turma que se intui não lerem-se, têm mudado as perspectivas...

no calendário maia, tempo é arte
na sociedade capitalista, time is money
vem o francisco e simplifica:
computadores fazem arte / artistas fazem dinheiro
seria a filosofia de buteco, mera perda de tempo
ou por ventura, falta de consolo!?

18 de abril de 2010 às 05:28

fala, trem!
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